Um inseticida biológico desenvolvido a partir do fungo Isaria fumosorosea pode reduzir em até 85% a presença de cigarrinha-do-milho em lavouras do grão. Nesta safra, inclusive, os históricos de clima e ocorrência da praga apontam para uma alta probabilidade de incidência do inseto.
O microbiológico tem ação prolongada e mais chances de atingir os insetos, sem elevar sua resistência.
As infestações na segunda safra, com plantio normalmente realizado em janeiro, costumam ser menores, mas é quando as cigarrinhas se multiplicam para atacar posteriormente.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sergio Abud da Silva, o manejo integrado também é recomendado para combater o inseto, que transmite doenças de enfezamento do milho.
Entre as medidas, estão a rotação de culturas, uso de sementes certificadas e tratadas, janelas de semeadura de 20 a 30 dias, diversificação de cultivares e aplicação de inseticidas, entre outras.
Segundo ele, o uso de inseticidas biológicos em combinação com os químicos amplia a ação de manejo do inseto-vetor. “Lembrando ainda, que após a aplicação de inseticidas, o monitoramento deve continuar para prevenir a reinfestação da área com cigarrinha”, orienta.
O pesquisador cita ainda que o cenário de demanda interna e externa pelo cereal levaram o Brasil a produzir duas e até três safras anuais do grão em diversas regiões.
“Seja cultivado ou tiguera, a presença constante de milho no campo cria um ambiente favorável ao aumento das populações de cigarrinha-do-milho e do complexo de doenças de enfezamentos, que podem causar redução de até 100% na produção da planta infectada”, alerta Abud.
Fonte: agevolution.canalrural